Prog

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terça-feira, 12 de outubro de 2010

Terreno Baldio

Em 1973, João Kurk (vocais e flauta), Roberto Lazzarini (teclado) e Joaquim Correia (bateria) - ex companheiros de Islanders (cover de bandas de sucesso - 1966/1971), convidam Mozart Mello (guitarra) e João Ascenção (baixo) para formarem o Terreno Baldio, grupo de progressivo com forte inspiração na banda inglesa Gentle Giant.
Sua primeira apresentação notável ocorreu na noite de 28 de agosto de 1974, numa estrutura geodésica montada no Parque do Ibirapuera, especialmente para o evento “Festival do Cometa”, que reuniu várias bandas de rock, entre elas a Jazzco.
Em 1975, gravam o primeiro LP - Terreno Baldio, lançado pelo selo Pirata no ano seguinte, com prensagem de apenas 3.000 cópias.
Nesse mesmo ano, participam do festival Banana Progressiva, ocorrido no Teatro da GV, em São Paulo. O evento procurou apresentaro o que havia de progressivo na música brasileira como os grupos Vímana, Os Bolhas, O Terço, O Som Nosso de Cada Dia e Apocalypsis entremeados de outros grupos instrumentais e de vanguarda; tais como Hermeto Paschoal e grupo, Jazzco, A Barca do Sol - incluisive conta com a presença de Erasmo Carlos & Cia Paulista de Rock.
Por essa época, a fitas-master de registro do primeiro álbum extraviam-se, inviabilizando novas tiragens.
O ecletismo sonoro da banda funde elementos eruditos aos jazzísticos e a ritmos e harmonias extraído da música popular e regional brasileira; tais como xacado, baião, incluindo instrumentos de percussão típicos do nosso folclore. Os elementos poético remetem-se a temas daquele período e citam a liberdade, em oposição ao regime militar, a solidão e a poluição em alusão à vida em grandes cidades, como São Paulo.
No próximo registro, Além das Lendas Brasileiras - 1978, o tema conceitual do álbum foi encomendado pela gravadora (Continental/Warner) ao fechar contrato com o grupo. Naquele momento, Ascenção já havia sido substituído po Rodolfo Braga (ex-Joelho de Porco) no contrabaixo (início de 76). O novo repertório incluiu, além de temas do folclore nacional, a canção Passaredo, de Francis Hime e Chico Buarque, num arranjo original - tema vinculado à preservação da natureza.
Ao final de 1979, o grupo dissolve-se em função do declínio do progressivo junto às mídias e em função de um novo panorâma que se delineava junto ao universo pop.
Em 1993, o grupo reuniria-se parcialmente (Kurk, Lazzarini, Mello) - incluindo Renato Muniz no baixo e Ricardo Brasa na bateria - para um novo registro do álbum de 76, versão em inglês junto ao selo Progressive Rock Worldwide, visando o mercado europeu. O CD inclui faixas extras e constutiu-se, portanto, no terceiro trabalho a ser gravado.
Logo em seguida, a gravadora Rock Synphony, sediada em Niteroi, após longa pesquisa e sofisticada produção, relança o primeiro trabalho em versão CD, remasterizado na Itália pelo seu produtor original - Cesare Benvenuti.
No corrente ano (2008) , o grupo reuniu-se novamente para participar da VIrada Cultural, em São Paulo. Apresentou-se na Praça da República com a seguinte formação: Mozart Mello (guitarra), Lazzarini (teclados), Kurk (vocal), Cassio Poleto (violino) Renato Muniz (baixo) e Edson Guilard (bateria) - basicacemente, executou o repertório do primeiro LP - destacando-se “Este é o Lugar” e “Grite”.
Com novas apresentações marcadas, ao que tudo indica, essa nova formação seguirá carreira lastreada nos trabalhos da década de 70, de forma esporádica e sazonal.

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