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segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Secos & Molhados

Se a bossa nova foi uma revolução na música brasileira – porque sofisticou o samba e o uniu ao jazz e virou produto de exportação – e movimentos como a Tropicália e os grandes festivais de música dos anos 60 podem ser considerados mini-revoluções – porque renovaram a MPB – que nome dar ao que aconteceu com o grupo Secos & Molhados? Fenômeno talvez seja a palavra mais próxima. Desses que insuflam em meio a um sistema estabelecido, fazem um grande barulho, modificam costumes, provocam polêmicas e estardalhaços e desaparecem. Feito um cometa. (João Nunes/Correio Popular)
O conjunto, vocal e instrumental, se formou em 1971 por Ney Matogrosso (Vocais); Gerson Conrad (Violão e Vocais), João Ricardo (Violão, Gaita e Vocais) e Marcelo Frias (Bateria e Percurssão). Ney já havia se apresentado como amador em Brasília DF, onde morava, e tentara o rádio e a televisão, além de cantar em boates, até ser apresentado pela compositora e cantora e compositora Luli a João Ricardo.



O grupo surgiu no inicio de 1973 em São Paulo SP, e em agosto do mesmo ano gravou o LP Secos e Molhados, pela Continental, com Sangue latino (João Ricardo e Paulo Mendonça), O vira (João Ricardo e Luli) e Rosa de Hiroshima (Gerson Conrad e Vinícius de Moraes). O disco foi sucesso nacional, causo polêmica pela atitude ousada e performática possibilitando ao conjunto apresentar-se numa serie de espetáculos, entre os quais se destacam os shows no Maracanãzinho, no Rio de Janeiro RJ, e no Ginásio Presidente Médici, em Brasília. No ano seguinte, o grupo exibiu-se na televisão mexicana, gravou seu segundo LP, Secos e Molhados, com Flores astrais (João Ricardo e João Apolinário), e Tercer Mundo (João Ricardo e Júlio Cortazar). Ainda em 1974 o conjunto se desfez, passando seus integrantes a atuar individualmente.


João Ricardo lançou um disco em 1975, João Ricardo, pela Philips, com suas composições Vira safado, Janelas verdes e Salve-se quem puder; apresentou-se no Teatro Bandeirantes, de São Paulo; e tentou depois ressuscitar o Secos e Molhados pelo menos quatro vezes, com diferentes formações, nenhuma incluindo qualquer outro membro original do grupo. Gerson Conrad ligou-se ao letrista Paulo Mendonça, a atriz e cantora Zezé Mota e a uma banda de oito elementos e gravou pela Som Livre Gerson Conrad e Zezé Mota, com Trem noturno e A dança do besouro (ambas com Paulo Mendonça). Gravou outros discos solo e continua compondo e fazendo shows. 

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