Os Mutantes é uma banda brasileira formada no ano de 1966, em São Paulo, Brasil, por Arnaldo Baptista (baixo, teclado, vocais), Rita Lee (vocais) e Sérgio Dias (guitarra, baixo, vocais). Foram um dos grupos mais dinâmicos, talentosos e radicais da era psicodélica. Um trio de experimentalistas musicais, a banda inovou no uso de feedback, distorção e truques de estúdio de todos os tipos.
Origens
A história dos Mutantes começa em 1964, quando Arnaldo Baptista é convidado a entrar para o grupo The Wooden Faces por seu irmão Cláudio César Dias Baptista, então guitarrista da banda. Um ano depois, discordâncias em relação ao estilo musical que os Wooden Faces deveriam seguir decreta o fim do grupo. Arnaldo e outro integrante, Raphael Villardi, conhecem Rita Lee e decidem formar com Sérgio, irmão mais novo de Baptista, uma banda chamada Six Sided Rockers. Cláudio César passa a ficar “nos bastidores” construindo todo o equipamento, mesas de som e instrumentos da banda, inclusive as lendárias “Guitarras de Ouro” de Sérgio e Raphael.
Ainda em 1966, gravam um compacto pela gravadora Continental, “Suicida / Apocalipse”, agora renomeados para O’Seis. O grupo não autoriza, mas mesmo assim a gravadora decide lançar a gravação, que vende pouco mais de duzentas cópias.
A aproximação com os Tropicalistas
Durante um racha no O’Seis, ocorre mais uma mudança de formação - sobram apenas Arnaldo, Sérgio e Rita. Após conhecerem o cantor Ronnie Von, o grupo é convidado para acompanhá-lo em seu novo programa na TV Record. Ronnie sugere o nome definitivo da banda, Os Mutantes. No dia 15 de outubro a banda tem sua estréia televisiva no programa O Pequeno Mundo de Ronnie Von. Em 1967, são convidados por Gilberto Gil para gravarem como banda de apoio na canção “Bom Dia”, dele e que sua então mulher, Nana Caymmi (que canta na gravação). Gil gostou tanto do resultado que convidou o trio para defender com ele a faixa “Domingo no Parque”, no Terceiro Festival da Record, conseguindo o 2º lugar. O evento marca a aproximação da banda com o movimento tropicalista.
Já em 1968 lançam seu primeiro LP, Os Mutantes, bastante inovador e experimental, claramente influenciado pelo trabalho dos Beatles. O trabalho contou com arranjos do maestro Rogério Duprat, que viria também a trabalhar com a banda em alguns de seus próximos álbuns. No ano seguinte, são convidados a tocar em Cannes, na França, no célebre Mercado Internacional de Discos e Editores Musicais, o Midem. Foi lançado o segundo álbum, Mutantes com as primeiras participações de Ronaldo Leme (Dinho) na bateria e Arnolpho Lima Filho (Liminha) tocando viola de 12 cordas (apesar de ser baixista). No fim das gravações, Dinho se torna o baterista fixo da banda. Ainda em 1969 estréiam com o espetáculo Planeta dos Mutantes, misturando música, cenas bizarras e psicodelia. Fechando o ano, tocam no Quarto Festival Internacional da Canção, apresentando a canção “Ando Meio Desligado”.
A consolidação da banda
A Divina Comédia ou Ando Meio Desligado, lançado em 1970, foi um marco na carreira do grupo, que tenta se distanciar do tropicalismo e abraçar de vez o rock.
No final do ano e já com o baixista Liminha fixo na formação, retornam à França para algumas apresentações e gravam no estúdio Des Dames a convite do produtor Carl Holmes. A intenção era lançar um álbum principalmente em inglês para atrair público internacional. A gravadora Polydor desistiu do projeto mesmo com um álbum inteiro já gravado. Em 1999 saiu o disco.
No início de 1971 a banda é contratada pela Rede Globo para serem uma das atrações fixas do programa Som Livre Exportação. No começo gostam da idéia, mas logo perdem a motivação, pois o formato do programa e o contato com sambistas e exponentes da bossa nova não os interessava muito. Nesse ano, eles lançam o álbum, Jardim Elétrico com uma abordagem muito mais Roqueira que os demais discos deles até então e distanciamento da tropicalista. Quatro faixas gravadas em Paris foram apreveitadas no disco.
Em 30 de dezembro de 1971. Rita e Arnaldo se casaram após anos de um conturbado relacionamento, marcado por idas e vindas. Na volta da lua-de-mel, o casal rasgou a certidão de casamento no programa de TV da apresentadora Hebe Camargo.
Em março de 1972 chega às lojas o disco Mutantes e Seus Cometas no País dos Baurets, lançado em um dos períodos mais críticos da história brasileira. O álbum foi censurado (a faixa “Cabeludo Patriota” teve de mudar de nome e foram sobrepostos ruídos para esconder a frase “…o meu cabelo é verde e amarelo…”). O LP mostrou a transição da banda em direção ao rock progressivo, com influências evidentes dos grupos Emerson, Lake & Palmer e Yes. Consta aqui o maior sucesso dos Mutantes, “Balada do Louco”.
Ainda em 1972, descobriram que havia sido instalado em São Paulo, o primeiro estúdio de 16 canais do país e tentaram convencer a gravadora a lançar mais um álbum da banda naquele ano. A Polydor recusou mas tinha interesse na carreira solo de Rita e aceitaram que fosse gravado um disco dela. O LP Hoje É O Primeiro Dia Do Resto De Sua Vida foi creditado à ela que cantou os vocais solo, porém é na realidade um disco dos Mutantes, que participaram ativamente do álbum tanto na composição quanto na gravação.
O destaque de Rita e a desclassificação no Sétimo Festival Internacional da Canção (com uma faixa que teve arranjo sugerido por ela) foram apenas alguns dos fatores que enfraqueceram a relação dela com os irmãos Baptista, principalmente Arnaldo, quando seu relacionamento acabou de vez. Em seguida, a vocalista sai dos Mutantes. Ela citou que foi expulsa da banda por Arnaldo, mas Sérgio alega que a mesma disse espontanemente que estava saindo. De qualquer forma, a banda preferiu seguir uma linha de rock progressivo na qual Rita não se adaptou e saiu para carreira solo.
A fase progressiva
Em 1973, a banda então estréia um espetáculo, “2000 Watts de Som”, e inicia a gravação de seu primeiro álbum sem Rita Lee, O A e o Z, que ficou inédito até 1992. Totalmente progressivo e com longos temas instrumentais, o resultado final é considerado decepcionante pela gravadora que já desapontada com a saída de Rita, decide dispensar o grupo de seu cast.
Os Mutantes continuam suas atividades, porém Arnaldo, debilitado pelo uso contínuo de drogas (em especial o LSD) e em depressão com o final de seu casamento, começa a ficar estranho, passando a colecionar sacos cheios de lixo, a se comunicar numa espécie de idioma inventado por ele e a fazer planos de construir uma nave espacial. Arnaldo deixa a banda, seguido pelo baterista Dinho. Em 1974, depois de uma briga com os demais integrantes, o baixista Liminha é o próximo a abandonar o grupo.
O nome (na verdade uma nova banda, apenas com Sérgio da formação original) “Mutantes”, seguiu com Sérgio Dias e outros membros que oscilavam em formações inconstantes. Em 1974, com Sérgio, Tulio Mourão nos teclados, Antônio Pedro de Medeiros no baixo e Rui Motta na bateria, a banda consegue um contrato com a gravadora Som Livre e se muda para Petrópolis para o planejamento do álbum Tudo Foi Feito Pelo Sol.
No ano de 1976, com Luciano Alves nos teclados e Paulo de Castro no baixo (nos lugares de Tulio e Antônio, respectivamente), lançam o disco Mutantes Ao Vivo, gravado no MAM do Rio de Janeiro.
Em 1978, Arnaldo se une a banda como convidado especial em uma única apresentação, mas não aceita o convite de Sérgio para voltar aos Mutantes. Ainda nesse ano, após constantes trocas de membros e brigas internas, Sérgio decide terminar com o grupo. O último concerto, no dia 6 de junho em Ribeirão Preto (e que ainda tinha, pilotando a mesa de som, Cláudio César Dias Baptista), não poderia ser mais bucólico: apenas cerca de duzentas pessoas comparecem.
Pós-banda
Os Mutantes voltariam a ser notícia em 1992, quando os principais jornais brasileiros divulgaram que o grupo iria retornar em sua formação clássica. O que aconteceu na verdade foi um convite de Almir Chediak para que o grupo se reunisse em uma gravação. Sérgio tocou em alguns discos solo de Rita nas décadas de 70 e 80, e se apresentou em alguns shows dela em 1992. Nesses shows, a platéia gritava o nome de Arnaldo. Ainda nesse ano, saiu o álbum gravado sem Rita Lee em 1973, O A e o Z.
Em 1993 eles recusam um pedido feito por Kurt Cobain, líder do Nirvana para que se reunissem novamente.
No ano 1999 a gravadora Universal, dona do catálogo da extinta Polydor, finalmente resolve lançar Tecnicolor, o álbum gravado pela banda durante sua passagem pela França em 1970. A ilustração e a caligrafia do álbum são da autoria de Sean Lennon.
Em fevereiro de 2005 a revista britânica Mojo incluiu o álbum Os Mutantes em sua lista de “50 Discos Mais Experimentais de Todos Os Tempos”, à frente de nomes como Beatles, Pink Floyd e Frank Zappa.
Retorno em 2006
Em 2006, os Mutantes são convidados pelo centro cultural londrino Barbican a se apresentarem em uma exposição dedicada à Tropicália. Rita não aceita e Liminha aceitou de princípio mas desistiu. Arnaldo, Sérgio e Dinho (que não tocava profissionalmente há cerca de 30 anos) aceitam e formam a banda com os músicos da banda de Sérgio e a cantora Zélia Duncan nas partes vocais que seriam de Rita.
A primeira apresentação dos novos Mutantes se realizou com grande êxito no dia 22 de maio em Londres e foi gravada para futuro lançamento em CD e DVD, pela gravadora Sony BMG. Em seguida, se apresentaram em turnê nos EUA.
Zélia Duncan se tornou integrante fixa da banda, apesar de aparentemente sua voz não agradar os fãs.
Em 25 de janeiro de 2007, o grupo faz sua primeira apresentação no Brasil em quase trinta anos (a última havia ocorrido em 1978, na cidade de Ribeirão Preto). O concerto fez parte dos festejos do 453º aniversário da cidade de São Paulo e levou cinquenta mil pessoas ao Museu do Ipiranga.
No mesmo ano, os Mutantes seguem em turnê nacional e planejam a gravação de um álbum de estúdio.
Atualmente a banda se dedica ao lançamento do mais novo álbum, “Haih or Amortecedor”, com a formação Sérgio Dias, Dinho Leme, Bia Mendes, Fábio Recco, Vítor Trida, Henrique Peters e Vinícius Junqueira. O álbum deve ser lançado no dia 08 de setembro, nos Estados Unidos, pelo selo Anti-Records. Já disponibilizadas algumas canções novas, podemos ter certeza que Mutantes não morreu por lá, mas sim continua vivo e com toda a energia e criatividade.
Origens
A história dos Mutantes começa em 1964, quando Arnaldo Baptista é convidado a entrar para o grupo The Wooden Faces por seu irmão Cláudio César Dias Baptista, então guitarrista da banda. Um ano depois, discordâncias em relação ao estilo musical que os Wooden Faces deveriam seguir decreta o fim do grupo. Arnaldo e outro integrante, Raphael Villardi, conhecem Rita Lee e decidem formar com Sérgio, irmão mais novo de Baptista, uma banda chamada Six Sided Rockers. Cláudio César passa a ficar “nos bastidores” construindo todo o equipamento, mesas de som e instrumentos da banda, inclusive as lendárias “Guitarras de Ouro” de Sérgio e Raphael.
Ainda em 1966, gravam um compacto pela gravadora Continental, “Suicida / Apocalipse”, agora renomeados para O’Seis. O grupo não autoriza, mas mesmo assim a gravadora decide lançar a gravação, que vende pouco mais de duzentas cópias.
A aproximação com os Tropicalistas
Durante um racha no O’Seis, ocorre mais uma mudança de formação - sobram apenas Arnaldo, Sérgio e Rita. Após conhecerem o cantor Ronnie Von, o grupo é convidado para acompanhá-lo em seu novo programa na TV Record. Ronnie sugere o nome definitivo da banda, Os Mutantes. No dia 15 de outubro a banda tem sua estréia televisiva no programa O Pequeno Mundo de Ronnie Von. Em 1967, são convidados por Gilberto Gil para gravarem como banda de apoio na canção “Bom Dia”, dele e que sua então mulher, Nana Caymmi (que canta na gravação). Gil gostou tanto do resultado que convidou o trio para defender com ele a faixa “Domingo no Parque”, no Terceiro Festival da Record, conseguindo o 2º lugar. O evento marca a aproximação da banda com o movimento tropicalista.
Já em 1968 lançam seu primeiro LP, Os Mutantes, bastante inovador e experimental, claramente influenciado pelo trabalho dos Beatles. O trabalho contou com arranjos do maestro Rogério Duprat, que viria também a trabalhar com a banda em alguns de seus próximos álbuns. No ano seguinte, são convidados a tocar em Cannes, na França, no célebre Mercado Internacional de Discos e Editores Musicais, o Midem. Foi lançado o segundo álbum, Mutantes com as primeiras participações de Ronaldo Leme (Dinho) na bateria e Arnolpho Lima Filho (Liminha) tocando viola de 12 cordas (apesar de ser baixista). No fim das gravações, Dinho se torna o baterista fixo da banda. Ainda em 1969 estréiam com o espetáculo Planeta dos Mutantes, misturando música, cenas bizarras e psicodelia. Fechando o ano, tocam no Quarto Festival Internacional da Canção, apresentando a canção “Ando Meio Desligado”.
A consolidação da banda
A Divina Comédia ou Ando Meio Desligado, lançado em 1970, foi um marco na carreira do grupo, que tenta se distanciar do tropicalismo e abraçar de vez o rock.
No final do ano e já com o baixista Liminha fixo na formação, retornam à França para algumas apresentações e gravam no estúdio Des Dames a convite do produtor Carl Holmes. A intenção era lançar um álbum principalmente em inglês para atrair público internacional. A gravadora Polydor desistiu do projeto mesmo com um álbum inteiro já gravado. Em 1999 saiu o disco.
No início de 1971 a banda é contratada pela Rede Globo para serem uma das atrações fixas do programa Som Livre Exportação. No começo gostam da idéia, mas logo perdem a motivação, pois o formato do programa e o contato com sambistas e exponentes da bossa nova não os interessava muito. Nesse ano, eles lançam o álbum, Jardim Elétrico com uma abordagem muito mais Roqueira que os demais discos deles até então e distanciamento da tropicalista. Quatro faixas gravadas em Paris foram apreveitadas no disco.
Em 30 de dezembro de 1971. Rita e Arnaldo se casaram após anos de um conturbado relacionamento, marcado por idas e vindas. Na volta da lua-de-mel, o casal rasgou a certidão de casamento no programa de TV da apresentadora Hebe Camargo.
Em março de 1972 chega às lojas o disco Mutantes e Seus Cometas no País dos Baurets, lançado em um dos períodos mais críticos da história brasileira. O álbum foi censurado (a faixa “Cabeludo Patriota” teve de mudar de nome e foram sobrepostos ruídos para esconder a frase “…o meu cabelo é verde e amarelo…”). O LP mostrou a transição da banda em direção ao rock progressivo, com influências evidentes dos grupos Emerson, Lake & Palmer e Yes. Consta aqui o maior sucesso dos Mutantes, “Balada do Louco”.
Ainda em 1972, descobriram que havia sido instalado em São Paulo, o primeiro estúdio de 16 canais do país e tentaram convencer a gravadora a lançar mais um álbum da banda naquele ano. A Polydor recusou mas tinha interesse na carreira solo de Rita e aceitaram que fosse gravado um disco dela. O LP Hoje É O Primeiro Dia Do Resto De Sua Vida foi creditado à ela que cantou os vocais solo, porém é na realidade um disco dos Mutantes, que participaram ativamente do álbum tanto na composição quanto na gravação.
O destaque de Rita e a desclassificação no Sétimo Festival Internacional da Canção (com uma faixa que teve arranjo sugerido por ela) foram apenas alguns dos fatores que enfraqueceram a relação dela com os irmãos Baptista, principalmente Arnaldo, quando seu relacionamento acabou de vez. Em seguida, a vocalista sai dos Mutantes. Ela citou que foi expulsa da banda por Arnaldo, mas Sérgio alega que a mesma disse espontanemente que estava saindo. De qualquer forma, a banda preferiu seguir uma linha de rock progressivo na qual Rita não se adaptou e saiu para carreira solo.
A fase progressiva
Em 1973, a banda então estréia um espetáculo, “2000 Watts de Som”, e inicia a gravação de seu primeiro álbum sem Rita Lee, O A e o Z, que ficou inédito até 1992. Totalmente progressivo e com longos temas instrumentais, o resultado final é considerado decepcionante pela gravadora que já desapontada com a saída de Rita, decide dispensar o grupo de seu cast.
Os Mutantes continuam suas atividades, porém Arnaldo, debilitado pelo uso contínuo de drogas (em especial o LSD) e em depressão com o final de seu casamento, começa a ficar estranho, passando a colecionar sacos cheios de lixo, a se comunicar numa espécie de idioma inventado por ele e a fazer planos de construir uma nave espacial. Arnaldo deixa a banda, seguido pelo baterista Dinho. Em 1974, depois de uma briga com os demais integrantes, o baixista Liminha é o próximo a abandonar o grupo.
O nome (na verdade uma nova banda, apenas com Sérgio da formação original) “Mutantes”, seguiu com Sérgio Dias e outros membros que oscilavam em formações inconstantes. Em 1974, com Sérgio, Tulio Mourão nos teclados, Antônio Pedro de Medeiros no baixo e Rui Motta na bateria, a banda consegue um contrato com a gravadora Som Livre e se muda para Petrópolis para o planejamento do álbum Tudo Foi Feito Pelo Sol.
No ano de 1976, com Luciano Alves nos teclados e Paulo de Castro no baixo (nos lugares de Tulio e Antônio, respectivamente), lançam o disco Mutantes Ao Vivo, gravado no MAM do Rio de Janeiro.
Em 1978, Arnaldo se une a banda como convidado especial em uma única apresentação, mas não aceita o convite de Sérgio para voltar aos Mutantes. Ainda nesse ano, após constantes trocas de membros e brigas internas, Sérgio decide terminar com o grupo. O último concerto, no dia 6 de junho em Ribeirão Preto (e que ainda tinha, pilotando a mesa de som, Cláudio César Dias Baptista), não poderia ser mais bucólico: apenas cerca de duzentas pessoas comparecem.
Pós-banda
Os Mutantes voltariam a ser notícia em 1992, quando os principais jornais brasileiros divulgaram que o grupo iria retornar em sua formação clássica. O que aconteceu na verdade foi um convite de Almir Chediak para que o grupo se reunisse em uma gravação. Sérgio tocou em alguns discos solo de Rita nas décadas de 70 e 80, e se apresentou em alguns shows dela em 1992. Nesses shows, a platéia gritava o nome de Arnaldo. Ainda nesse ano, saiu o álbum gravado sem Rita Lee em 1973, O A e o Z.
Em 1993 eles recusam um pedido feito por Kurt Cobain, líder do Nirvana para que se reunissem novamente.
No ano 1999 a gravadora Universal, dona do catálogo da extinta Polydor, finalmente resolve lançar Tecnicolor, o álbum gravado pela banda durante sua passagem pela França em 1970. A ilustração e a caligrafia do álbum são da autoria de Sean Lennon.
Em fevereiro de 2005 a revista britânica Mojo incluiu o álbum Os Mutantes em sua lista de “50 Discos Mais Experimentais de Todos Os Tempos”, à frente de nomes como Beatles, Pink Floyd e Frank Zappa.
Retorno em 2006
Em 2006, os Mutantes são convidados pelo centro cultural londrino Barbican a se apresentarem em uma exposição dedicada à Tropicália. Rita não aceita e Liminha aceitou de princípio mas desistiu. Arnaldo, Sérgio e Dinho (que não tocava profissionalmente há cerca de 30 anos) aceitam e formam a banda com os músicos da banda de Sérgio e a cantora Zélia Duncan nas partes vocais que seriam de Rita.
A primeira apresentação dos novos Mutantes se realizou com grande êxito no dia 22 de maio em Londres e foi gravada para futuro lançamento em CD e DVD, pela gravadora Sony BMG. Em seguida, se apresentaram em turnê nos EUA.
Zélia Duncan se tornou integrante fixa da banda, apesar de aparentemente sua voz não agradar os fãs.
Em 25 de janeiro de 2007, o grupo faz sua primeira apresentação no Brasil em quase trinta anos (a última havia ocorrido em 1978, na cidade de Ribeirão Preto). O concerto fez parte dos festejos do 453º aniversário da cidade de São Paulo e levou cinquenta mil pessoas ao Museu do Ipiranga.
No mesmo ano, os Mutantes seguem em turnê nacional e planejam a gravação de um álbum de estúdio.
Atualmente a banda se dedica ao lançamento do mais novo álbum, “Haih or Amortecedor”, com a formação Sérgio Dias, Dinho Leme, Bia Mendes, Fábio Recco, Vítor Trida, Henrique Peters e Vinícius Junqueira. O álbum deve ser lançado no dia 08 de setembro, nos Estados Unidos, pelo selo Anti-Records. Já disponibilizadas algumas canções novas, podemos ter certeza que Mutantes não morreu por lá, mas sim continua vivo e com toda a energia e criatividade.
Editado por placental_fluid em Set 17 2009
Links:
1968 - Os Mutantes
1969 - Mutantes
1970 - A Divina Comédia
1970 - Tecnocolor
1971 - Jardim Eletrico
1972 - Mutantes e Seus Cometas No Pais Dos Baurets
1973 - A E O Z
1974 - Tudo Foi Feito Pelo Sol
1975 - Ao Vivo em Londrina
1976 - Ao Vivo
1976 - Cavaleiros Negros
1978 - Ultimo Show
2006 - Ao Vivo
1969 - Mutantes
1970 - A Divina Comédia
1970 - Tecnocolor
1971 - Jardim Eletrico
1972 - Mutantes e Seus Cometas No Pais Dos Baurets
1973 - A E O Z
1974 - Tudo Foi Feito Pelo Sol
1975 - Ao Vivo em Londrina
1976 - Ao Vivo
1976 - Cavaleiros Negros
1978 - Ultimo Show
2006 - Ao Vivo
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