Prog

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quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Cálix




Vocais, bateria, flauta, teclado, guitarra, baixo, violões, bandolim, música que faz sonhar, sentir o som na pele, sentir o som percorrendo o corpo, viajar. Poesia. Assim é o Cálix. Música de excelente qualidade que conquista jovens almas, rejuvenesce almas, resgata a sonoridade, pela canção, pela melodia.


Com 10 anos de carreira, o Calix é uma das bandas independentes de maior importância do nosso país, tendo vendido mais de 10 mil cópias de seus de seus 2 cds: “Canções de Beurin”, lançado em 2000 e “A Roda”, lançado em 2002. Considerado um grupo de rock progressivo, o Calix recebeu importantes prêmios relacionados a esse gênero (como o de banda revelação, melhor cd e melhor show nacional de 2000), tendo tocado ao lado do Focus, uma das bandas mais significativas na história do rock progressivo mundial e no Rio Art Rock Festival (Rio de Janeiro), ao lado do grupo italiano “Il Baleto Di Bronzo”. A banda tem se destacado também no cenário da música mais comercial, sendo a todo momento requisitada para tocar em eventos de grande porte, ao lado de artistas nacionais consagrados. Além disso, o grupo curiosamente ficou entre os 24 classificados entre 2893 inscritos (de todo o Brasil) para o prêmio Visa MPB Compositores, realizado no primeiro semestre de 2003, comprovando a sua versatilidade.


A banda vive agora seu melhor momento, com o lançamento do DVD “Cálix Ao Vivo”. Gravado em outubro de 2006, no Grande Teatro do Palácio das Artes, o show contou com a participação da percussionista Daniela Ramos e de uma orquestra especialmente formada para o evento, regida por Rodrigo Garcia.


Nesse material audio visual de altíssima qualidade é possível constatar como a banda consegue levar o público ao delírio com sua música mágica que resgata a qualidade das harmonias e melodias de tempos mais fecundos, através de um instrumental rico e variado (flauta, violões, bandolim, guitarra, baixo, bateria, piano) e um vocal de alto nível. As 1700 pessoas que lotaram o teatro, cantam a plenos pulmões as músicas do grupo, que já recebeu também reconhecimento internacional, com cds distribuidos na Europa, Ásia, America Latina, Estados Unidos.


O DVD “Cálix Ao Vivo”, lançado em junho de 2007, foi produzido por Ivan Caiafa e dirigido por Daniel Veloso e Eduardo Zunza.


É um material que promete abalar o cenário da nossa Música Brasileira!


(Fonte, Site Oficial - www.calix.com.br )


Canções de Beurin (2000)

A Roda (2002)

Ventos de Outono (2007)

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Júpter Maçã



JÚPITER MAÇÃ é o codinome do cantor, compositor e guitarrista gaúcho Flávio Basso. Músico veterano desde os anos 80, antes de tornar-se Júpiter Maçã (em homenagem ao planeta e à gravadora dos Beatles, Apple), Flávio fez parte das bandas TNT e  Os Cascaveletes. A música de Júpiter Maçã é um mergulho nos anos 60, com referências de Kinks, Mutantes, Syd Barrett (ex-Pink Floyd), Beatles e Walter Franco. O primeiro álbum intitulado "A Sétima Efervescência" tem agradado críticos e público. 


Júpiter Maçã - A Sétima Efervescência 1997




Som Nosso de Cada Dia



Tendo lançado um dos maiores clássicos do Rock setentista nacional - o LP “Snegs” (1974) - a banda foi fundada em São Paulo, no ano de 1971, pelos seguintes músicos:

Manito: espanhol de nascimento, é um legítimo multi-instrumentista (piano, órgão, moog, flauta, sax e violino) e já famoso pelo seu importante papel com o grupo “Os Incríveis. No decorrer da sua carreira tocou com muitos nomes de peso, tais como Os Mutantes, Rita Lee e Camisa de Vênus na área do Rock e Roberto Carlos e Zé Ramalho na área da MPB

Pedro Baldanza: mais conhecido como PEDRÃO, o baixista e vocalista gaúcho já havia sido membro das históricas bandas “Novos Baianos” e “Perfume Azul do Sol”, além de ter convivido e atuado com Walter Franco e Cassiano. Após o fim da banda em 1977, trabalhou com importantes nomes da MPB, tais como Ney Matogrosso, Elis Regina, Gal Costa e Sá & Guarabira

Pedrinho Batera: Um dos mais brilhantes bateristas do Rock Nacional, trabalhou também com Luiz Melodia e Belchior, além de diversos grupos de Jazz. Infelizmente, faleceu precocemente em meados dos anos 90.

A Obra-Prima
Apesar de sua curta discografia (apenas 2 LPs e um compacto, ambos de estúdio nos anos 70 e, posteriormente, um CD ao vivo em 1994 e um CD duplo também ao vivo com registros inéditos dos anos 70), os músicos acima podem se orgulhar de terem lançado um dos mais brilhantes, criativos e empolgantes discos de Rock da América do Sul.
Todas as músicas do álbum SNEGS são excelentes, mas “Sinal da Paranóia”, “Bicho do Mato”, “Massavilha” e “Dirección de Aquarius” merecem ser citadas com maior destaque.
Considerado por muitos como o mais fantástico disco de Rock Progressivo nacional, é um item absolutamente obrigatório na coleção de qualquer fã do gênero.
Gravado e mixado em 1973 em apenas 7 dias e com grande precariedade de equipamentos de estúdio, é uma das maios perfeitas demonstrações de que o realmente importa na gravação de um disco é o TALENTO.
Outra grande façanha do Som Nosso de Cada Dia foi a realização dos 5 shows de abertura da turnê de Alice Cooper no Brasil em julho de 1974.
Com Alice no auge de sua carreira, o público presente foi sempre excelente (um total superior a 130.000 pessoas), o nosso representante brazuca obteve incrível sucesso, tendo suas apresentações mais queridas e lembradas até mesmo que o próprio astro principal.

A Vida Após “Snegs” e “Alice Cooper”
Por diversas razões, mesmo com o sucesso anterior, várias mudanças de formação ocorreram (Manito saiu e vários outros foram entrando e saindo) e somente três anos depois lançaram novo disco. Infleizmente, a época já era outra e o movimento “Disco Music” assolava o mundo. Foram então obrigados a gravar músicas que se adequassem a nova realidade. Mesmo assim, tiveram uma grande idéia, que possibilitou a inclusão de músicas do estilo Progressivo sem afetar a qualidade do álbum e sem incomodar aos fãs de estilos tão diversos.
Era lançado então o álbum “Som Nosso”, onde o Lado 1 recebeu o nome de “Sábado” e o Lado 2 de “Domingo”. O “Sábado” com sonoridade Funk, apropriada para “Os Embalos de Sábado a Noite” e o “Domingo” com músicas belamente Progressivas, perfeitas para o relaxamento e sossego de um “domingão”.
A idéia foi brilhante e o disco razoavelmente bem sucedido, mas, por diversas razões, a banda acabou se desfazendo. Como último suspiro, lançaram apenas mais um compacto, mas este teve a grata realização de o título de uma de suas músicas ter inspirado o nome de uma nova banda: a BANDA BLACK-RIO, famosa e histórica banda carioca de Funk instrumental.
P.S.: Importantíssimo ressaltar que este tipo de Funk setentista NADA, absolutamente NADA tem a ver com o “funk” existente hoje no Brasil…
Em junho de 1993 o trio original se reúne para gravar uma faixa inédita (”O Guarani”), editada como bônus no relançamento em CD do “Snegs”. Em 94 reuniram-se para 2 novos shows, que resultaram no CD “Live 94″.
As perspectivas eram excelentes, pois ambos os CDs (editados pela gravadora “Progressive Rock Worldwide”) foram bem recebidos e a imediata e positiva conseqüência foi um convite para apresentações no Japão, em um Festival de Rock Progressivo.
O destino, porém, foi cruel, com o imprevisível falecimento de Pedrinho Batera…
Nova dissolução ocorreu e desta vez parecia ser definitiva…

O Retorno em Grande Estilo

Esta surpreendente e fantástica reunião se deu pelas seguintes razões:
Por volta de 2004, surgiu no mercado fonográfico “alternativo”, um CD “Bootleg” contendo a gravação de um show realizado em setembro de 1976. O sucesso foi total, tanto entre os antigos fãs quanto entre os da nova geração, que se surpreenderam com a excepcional qualidade técnica que a banda mostrava ao vivo.
Decide-se que é chegada a hora de editar um disco ao vivo oficial: o resultado é o fantástico “A Procura da Essência - (Ao Vivo 1975-1976)”, lançado pela gravadora carioca Editio Princeps (www.editioprinceps.com).
Este CD duplo traz, pela primeira vez, gravações ao vivo do Som Nosso de Cada Dia em seu período mais progressivo, durante os anos 70, cuidadosamente selecionadas pelos próprios músicos dentre as fitas de melhor qualidade sonora remanescentes. Além de diversas improvisações e versões estendidas de antigos clássicos, estes registros incluem versões inéditas de faixas da lendária suíte “Amazônia”, gravada pela banda em 1975 e nunca lançada integralmente.
Aproveitando as três décadas de lançamento do “Snegs” e o CD duplo ao vivo, Pedro Baldanza montou uma banda-tributo para gravar um CD chamado “O Som Nosso de Cada Dia a Dia”, mas, apesar de várias músicas terem sido gravadas, o projeto foi arquivado e não há previsão de seu lançamento.

No entanto, o conjunto dos fatores acima proporcionou uma reaproximação com Manito e em 24/04/2008 aconteceu o que a muitos parecia que jamais ocorreria novamente…

Dentro da extensa programação do extraordinário evento paulistano “Virada Cultural”, estava agendada a apresentação do SOM NOSSO DE CADA DIA para tocar o “Snegs” na íntegra!!

Dessa forma, mesmo estando programado para o lamentável horário das 3 da madrugada, dos MUTANTES estarem se apresentando no mesmo horário e das pessoas terem de permanecer horas na fila (seria no Teatro Municipal, onde havia uma limitação de lugares em torno de 1.500 pessoas), a lotação foi TOTAL.

A formação dos músicos incluiu Manito (teclados, sax, flauta) e Pedro Baldanza (baixo e vocais), brilhantemente auxiliados por Marcelo Schevano (guitarra e flauta), Edson Guilardi (o mesmo baterista que tocou com o Terreno Baldio) e Fernando Cardoso (atual tecladista do Violeta de Outono, toca também na bandas Homem com Asas e Compacta Triô). Complementaram a seleção, os excelentes vocalistas Thiago Furlan e Jorge Canti.

Então, com todos os fatores acima e aliado ao fato de estar sendo no belíssimo espaço que é o Teatro Municipal, o show foi absolutamente emocionante e inesquecível.
A emoção da platéia foi intensa e indescritível, com a realização de um “sonho impossível”, tanto por parte da “Velha Guarda” quanto dos inúmeros jovens e apaixonados fãs. Todas as músicas foram enormemente celebradas, mas preciosidades como “Sinal da Paranóia” e “Bicho do Mato”, criaram um longo e extraordinário uníssono.

Agora, na sua nova apresentação, no Carnaval de 2009, no FESTIVAL PSICODÁLIA, em meio a exuberante natureza da região de São Martinho (SC), não resta dúvida que as mesmas emoções se repetirão.





1974 - SNEGS







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1976 -  Sábado e Domingo






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Som Nosso De Cada Dia (1975-1976) O Barulho Aterroriza - Cuidado com o Verdi


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segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Engenheiros do Hawaii


Tudo começou em Porto Alegre no ano de 1984. Devido à greve na faculdade de arquitetura, as aulas se estenderiam até janeiro de 85 e diante da situação a faculdade organizou happenings com os estudantes que produzissem arte na escola.
Humberto Gessinger (que na época tocava guitarra) ficou sabendo que Carlos Maltz tocava bateria. Os dois esbarraram em Marcelo Pitz (baixista) e juntos decidiram participar da bagunça, ainda com a participação de Carlos Stein (Nenhum de Nós) na guitarra , que logo deixou a banda.
Engenheiros do Hawaii???!
Na faculdade, os estudantes de Arquitetura e Engenharia se envolviam em rixas curriculares, filosóficas, estilos de vida opostos… Enfim, o pessoal da Arquitetura inventou um apelido pra acabar com os inimigos. “Todo estudante de Arquitetura é meio arrogante, acha que os Engenheiros estão abaixo. Tinha um pessoal na Engenharia que usava aquelas roupas de surfista, e, para irritá-los, nós fazíamos questão de chama-los de “Engenheiros” e, mais do que isso, Engenheiros do Hawaii, que é um paraíso meio kitsch”.
Na época, Porto Alegre e o Brasil presenciavam uma explosão de bandas punk, quase sempre com nomes heróicos: Cavaleiros do Apocalipse, Virgens Nucleares, Legião Urbana, Titãs, Replicantes, Garotos de Rua etc… O que, segundo Humberto, também contribuiu para a adoção do nome: “Sempre me assustou essa coisa heróica da música pop, porque te leva a ser meio semideus. Engenheiros do Hawaii era um nome desmistificador, ninguém nos levaria muito a sério. É um nome que até hoje nos protege de nos encararem como sacerdotes”.
11 de janeiro de 1985
Essa foi a data do primeiro show, por sinal coincidindo com a abertura do Rock in Rio I. Enquanto no Rio são soltas centenas de pombas da paz os três engenheiros apresentavam com um repertório variado que ia de “Ô Mônica, abrace o elefante…”, passava pelo jingle do chocolate Sem Parar, Lady Laura (Roberto Carlos) até a abertura do seriado Hawaii 5.0, além de uma ou duas músicas próprias, todas tocadas em compasso de reggae. “O Marcelo adorava e era a coisa mais fácil de tocar” lembra Humberto.
Saindo da capital
Na semana seguinte tocaram na faculdade de Medicina (palco das primeiras vaias), em um bar, em outro, em outro… De bar em bar resolveram viajar pelo interior do Rio Grande. “Chegávamos nas rádios de manhã com uma fita para o cara da rádio, ele tocava e fazíamos o show à noite. Foi quando aprendemos qual é o botão de volume e o do tom da guitarra”.
Naquele tempo a BMG resolveu lançar a coletânea Rock Grande do Sul, só com bandas dos pampas. Produziram um Festival no Gigantinho para escolher os grupos, os Engenheiros passaram no teste… por pouco!
“Fomos tocar sem esperança, só depois fiquei sabendo que nos incluíram no disco porque outra banda desistiu”, conta Humberto.
Longe demais das capitais
Eles entraram no LP com duas canções, e uma delas, Sopa de letrinhas, estourou no Sul. Com o sucesso, a BMG decidiu bancar um LP só dos Engenheiros - e nasceu o Longe demais das capitais, produzido por Miguel Plospschi. O norte musical do disco apontava de leve para o ska: “Era a única coisa que eu sabia tocar na guitarra. Tinha trios que nos davam o norte, como Os Paralamas do Sucesso e o The Police. Mas isso era um fino verniz que logo saiu”, lembra Humberto.
Puxado por músicas comoToda forma de poder, que foi tema de uma novela global (Hipertensão), TocarCrônica, TocarLonge demais das capitais e Sopa de letrinhas, os Engenheiros logo foram ganhando status fora do sul.
Guitarra Nova
Marcelo Pitz ,saiu da banda às vésperas de um novo disco. Humberto e Carlos continuaram a ensaiar, Humberto agora tocando baixo. Só que ainda estava faltando um elemento - a guitarra. Surge para completar a banda Augusto Licks, que conheceu os Engenheiros por intermédio de Nei Lisboa, que já havia feito uma participação no Longe Demais…
“Levi - Strauss na baía de Guanabara”
Augusto tinha uma guitarra mais anos setenta, que juntamente com o amadurecimento de Humberto como compositor, trouxe outro ritmo à banda. Surge o segundo LP do trio: A revolta dos Dândis (1987), produzido por Reinaldo Barriga Brito. Neste disco começaram os primeiros “enroscos” com a crítica. Os Engenheiros eram chamados de elitistas, e até fascistas. Acusações causadas pelas citações presentes nas letras de Humberto que iam de Albert Camus a Jean Paul Sartre. Além da conhecida história do show que os Engenheiros fizeram para uma comunidade judáica, em que o Humberto se apresentou com uma camiseta com a estrela de Davi desenhada, enquanto Carlos tocou com uma camiseta que trazia estampada a cruz suástica.
Humberto e Carlos respondem às acusações:
Humberto: “Às vezes, a citação não precisa ser entendida. No mundo de hoje não tem diferença entre Albert Camus e Mike Tyson. São dois produtos de consumo. Eu saboreio Camus como saboreio Mike Tyson. A maioria do povo brasileiro entende mais de existencialismo do que de boxe. Cito Camus porque está mais próximo de mim. Acho que as pessoas entendem o que é “dândi”, pelo menos tanto quanto eu. A “obra aberta” possibilita que uma música seja entendida em todos os níveis. Os Titãs conseguem isso. Caetano Veloso, o mais genial de todos, não consegue. Talvez nem a gente consiga. A nível de “intelectuália” citar Camus é kitsch e demodé. Pra agradar a crítica eu citaria Levi Strauss na baía de Guanabara”.
Carlos: “Fascista não é fazer citações pretensamente intelectuais, mas deixar de fazer por julgar que as pessoas não vão entender. Isso é intelectual e elitista”.
Faíscas com a critica à parte, o público tomou o caminho oposto e o disco emplacou sucessos como: TocarInfinita Highway, TocarTerra de gigantes, e A Revolta dos Dândis I.
Alternativa Nativa*
Apesar dos dois bons discos, os Engenheiros ainda não haviam sido admitidos na primeira divisão do BRock. Ainda eram uma banda colocada para abrir noites para um grupo audivelmente inferior como o Capital Inicial. Foi o que aconteceu no terceiro festival Alternativa Nativa realizado no Maracanãzinho entre 14 e 17 de julho de 1988. O Legião Urbana tocou sozinho nas duas primeiras noites e os Paralamas idem na última. Mas Gessinger, Maltz e Licks tiveram que abrir para a banda de Dinho Ouro-Preto na noite de sábado, 16. Eles ficaram ao mesmo tempo perto, abaixo e acima do Capital. O show dos Engenheiros foi uma espécie de rito de passagem entre a garagem e as grandes arenas. Nem o tropeço literal que Gessinger deu no palco ainda na primeira música, Longe demais das capitais, quebrando seu baixo, fez o trio perder o rebolado diante das 20 mil pessoas que lotavam o estádio. A partir daí, os Engenheiros encheriam estádios Brasil afora - sobretudo o Gigantinho de sua cidade natal, lotado sucessivas vezes.
*(texto extraído de “BRock - o pop/rock brasileiro dos anos 80” - agradecimentos a Thiago Picolo -, baseado no livro de mesmo nome de Arthur Dapieve)
Ouça o Que eu Digo Não Ouça Ninguém (1988)
Um ano depois do revolta os Engenheiros lançam um novo LP - Ouça O Que Eu Digo Não Ouça Ninguém. Neste disco começam a aparecer elementos novos na música dos Engenheiros. Pela primeira vez o teclado é incluído nos arranjos, e surge aí também a primeira composição de Gessinger e Licks - Variações sobre um mesmo tema. Mais uma vez a banda é alvo da crítica, desta vez em relação aos clichês subvertidos presentes nas letras de Gessinger.
Carlos: “Somos absolutamente fascinados por isso, frases de efeito ou sei lá como chamam. De repente, duas coisas estandardizadas como o símbolo hippie e uma engrenagem, quando juntam vão formar uma outra coisa. Essa é uma viagem da banda”.
Humberto: “O que me fissura nos ditados é que são superpresentes. Fico atento pra pegar essas pérolas, essas frases de caminhão. A gente subverte uma palavra no fim e já cria um efeito ambíguo. O nonsense e o abstrato são geniais, o supra sumo da cultura ocidental. Mas hoje em dia eu tenho horror da sua vulgarização. Acham que todo nonsense faz sentido, caretearam. O que a gente tenta é sair desse atoleiro de nonsense. É buscar o significado e enlouquecer, desmistificar a razão. Pegar um ditado teoricamente careta e subvertê-lo”.
Deste LP nasceram sucessos como: TocarOuça o que eu digo, não ouça ninguém, TocarSomos quem podemos ser, TocarTribos e tribunais e TocarA verdade a ver navios.
A caminho das capitais
Com o lançamento do terceiro disco os Engenheiros mudaram-se para o Rio de Janeiro. “Se a gente não viesse, a banda acabava(…) A gente foi quase expulso. Não pelas bandas mas por todo o ambiente que se formava. Não queríamos virar para o sul o que a Carmem Miranda é para o Brasil.(…) Não nos sentíamos capazes de representar o Rio Grande do Sul. Não representávamos porra nenhuma. Nossas famílias estão há apenas duas gerações por lá. não consigo nem diferenciar uma vaca de um cachorro se ele não latir”, explica Humberto.
Carlos complementa: “Vaca é aquilo que tem na capa do Pink Floyd… Mas pra mim tanto faz morar aqui ou em Porto Alegre. A minha rotina é exatamente a mesma. Eu nunca saio de casa”.
“A mudança para cá não foi uma experiência. No início, já existia essa possibilidade. E já estávamos virando um chavão em Porto Alegre, ‘os representantes do rock gaúcho’”, emenda Augusto.
Do Rio direto pra Moscou
Em 89 os Engenheiros andaram visitando terras russas. “Quando recebemos o convite, pensei que iríamos tocar na Lua, mas, na verdade, fomos até Marte”, brinca Carlos. Empolgados com o convite para tocar em Moscou, os três chegaram a estudar russo por duas semanas e distribuíram, no show, panfletos com as letras do grupo vertidas para o Russo. Mesmo assim os soviéticos não entenderam nada. “É que nossas músicas não retratam a realidade deles”, justifica Humberto.
“Um retrato do que já foi feito e um esboço do que vai rolar”
No mesmo ano os Engenheiros lançam o quarto disco, desta vez ao vivo. Alívio imediato reúne grandes sucessos do grupo como TocarTerra de gigantes e TocarToda forma de poder em gravações ao vivo, algumas delas embaladas em novos arranjos feitos especialmente para os shows. O disco foi gravado no Canecão e fazem parte também duas músicas inéditas: TocarNau à deriva e TocarAlívio imediato, ambas gravadas em estúdio.
Não se tratava, porém, de um “disco de sucessos”. “A princípio éramos contra isso, queríamos mostrar o outro lado da banda. Quando ouvimos a fita do show, vimos que era uma demagogia, porque as músicas que ficaram mais diferentes foram as que tocaram na rádio. As outras tocamos praticamente igual. Diante deste impasse, optamos pelas melhores, hits ou não”, explica Humberto.
Quem é mais pop???
Em 1990 os Engenheiros lançam o quinto LP - O Papa é Pop. Neste disco a banda grava pela primeira vez uma música que não foi composta pelo grupo - Era um garoto que como eu amava os beatles e os rolling stones, primeira música que Humberto aprendeu a tocar ao violão, ainda criança, e que era tocada inicialmente pela banda em showmícios para eleição presidencial de 1989. Este disco alçou os Engenheiros a categoria de “melhor banda de rock do Brasil”. Vendeu mais de 350 mil cópias e estourou com as músicas: O papa é pop, Exército de Um Homem Só I, Era um garoto…(por coincidência em uma época de guerra), TocarPra ser sincero e TocarPerfeita Simetria. Além de tantos sucessos, as rádios ainda descobriram TocarRefrão de bolero, música do segundo LP da banda.
O disco caracteriza uma estética “limpa”, desde a capa até o som, gravado com bateria eletrônica, guitarra e baixo totalmente limpinhos. Marca também o batizado da banda como produtora de seus discos, fato que se repetirá nos próximos dois LPs.
Ignorados pela Folha, elogiados pelo New York Times.
No meio de toda essa briga com a crítica os Engenheiros foram convidados para tocar no Rock in Rio II, juntamente com Guns N’Roses, Sepultura, Capital Inicial, Lobão etc… Enquanto outros artistas nacionais eram apedrejados pelo público os Engenheiros fizeram um show que levantou o público com sucessos como TocarAlívio imediato emendada com Help! dos Beatles e Era um garoto… Os Engenheiros foram a única banda brasileira a se apresentar no festival elogiada pelo jornal americano New York Times, enquanto a Folha de São Paulo ignorava solenemente duas apresentações da banda para um Ibirapuera lotado, não divulgando nem em roteiro.
“Prenda minha parabólica, princesinha Clarabólica”
Em fevereiro de 92 nasce a primeira filha de Gessinger - Clara. O músico deixou de lado as apresentações da banda e assume sua corujice em relação a Clara. “Nessas horas é que a gente vê como o homem fica pra trás, e o que vale mesmo é a mulher”. A banda parou as apresentações em dezembro do ano anterior para que Humberto pudesse acompanhar o nascimento da filha. “Nada nem a banda me faria ficar sem ser pai” diz. “Já prometi pro Maltz que ela será baterista”, brinca Humberto.
A cobra morde o próprio rabo
Em 1991, lançam Várias Variáveis, que marca o fim de uma trilogia iniciada com A Revolta dos Dândis (que tinha a capa amarela), e continuou com Ouça o que eu digo, não ouça ninguém (de capa vermelha). Com o verde de Várias Variáveis, completam-se as três cores primárias da bandeira do Rio Grande do Sul.
O disco trás uma cover de TocarHerdeiro da pampa pobre do Gaúcho da Fronteira, uma homenagem a São Paulo e a Caetano com TocarSampa no walkman, referências ao movimento político dos anos sessenta em TocarO sonho é popular, além da irada TocarSala Vip, composta nos bastidores do Rock In Rio II.
Foi o segundo disco produzido pela banda e abre um espaço para a improvisação em takes falsos como na música TocarCurtametragem e até o som do banquinho do piano rangendo em TocarDescendo a serra. Fez sucessos como TocarPiano Bar, TocarAndo só, TocarMuros e grades e Herdeiro da pampa Pobre.
Música Popular Brasileira ou Rock Progressivo Inglês???
No ano seguinte é lançado GLM - Gessinger, Licks & Maltz, sétimo disco do grupo. O LP traz referências, quase apologias ao rock progressivo inglês, que vão desde os arranjos de guitarra de Licks, até o próprio formato do disco, com músicas emendadas formando uma geometria perfeita como uma esfera. Os vocais mostram uma nova face de Gessinger, sem medo de tons mais altos como em TocarNo Inverno Fica Tarde + Cedo.
Trouxe dois sucessos: TocarNinguém = Ninguém e TocarParabólica, composta para Clara, filha de Gessinger.
Abrindo pro Nirvana
No início de 93, os Engenheiros participaram do Hollywood Rock, abrindo o show do Nirvana, maior banda do movimento grunge, em pleno auge do movimento grunge. “Tocar Parabólica antes do show do Nirvana é uma boa coisa pra ti contar pros teus netos”, lembra Humberto.
Filmes de guerra, canções de amor
Foi o nome do oitavo disco da banda, fazendo referência a uma canção do disco A Revolta dos Dândis
O disco foi gravado ao vivo na sala Cecília Meirelles no Rio de Janeiro. É um semi-acústico gravado com guitarras, percussão e piano, além de músicas arranjadas por Wagner Tiso e acompanhadas pela Orquestra Sinfônica Brasileira. Trouxe canções rearranjadas até do primeiro disco, além de quatro inéditas: TocarMapas do acaso, Quanto Vale A Vida?, TocarÀs vezes nunca, e TocarRealidade virtual, as duas últimas gravadas em estúdio.
Pedro Só, em crítica publicada na extinta revista General, define: “(…)O disco traz lindas canções acima dos parâmetros pop(…) Quanto vale a vida , podia ser Dylan, mas foi Gessinger mesmo quem escreveu. Em Filmes de Guerra… fica mais fácil perceber a grandeza das músicas deste que é um dos mais afiados compositores do país, independente de gênero ou geração(…) A guitarra de Licks é elegantíssima, mas Gessinger canta versos elevados sem a menor intenção de ser cool, rasgando-se em alguns rompantes. É pena que muita gente só vá perceber o valor desta galharda gaúcha quando a Marisa Monte resolver gravar alguma destas pérolas(…)”.
Carimbando o passaporte
No esquema de divulgação do álbum, foram incluídas apresentações no Japão e nos EUA. Segundo Carlos no Japão a maioria da platéia era formada por brasileiros que estavam morando e trabalhando lá. Mas os Engenheiros dizem que não estavam interessados em atingir um novo público. “Não queremos conquistar a América. O primeiro mundo não precisa dos Engenheiros. Se o público gostar do nosso som, ótimo. Mas o que atraiu mesmo a gente foi a possibilidade de tocar para os brasileiros fora do país, esses caras da diáspora.”
Deste disco, foi extraído o 1° Home Vídeo dos Engenheiros, gravado e lançado junto ao Filmes de Guerra… O vídeo traz imagens colhidas no Japão, em Los Angeles, alguns clipes históricos, além de toda a gravação do Filmes de Guerra.
Engenharia de Metais Pesados
No final de 93 o clima começa a pesar nos Engenheiros, e causa a saída do guitarrista Augusto Licks. São várias as versões da história: Na primeira diz-se que as brigas começaram por uma divergência de opiniões no grupo a respeito do repertório acústico de Filmes de Guerra. Segundo se comentou, Augusto queria que se levasse orquestra para os shows, enquanto Humberto e Carlos preferiam a agitação dos shows elétricos.
Numa segunda oportunidade divulgou-se que Humberto teria tirado Licks da banda porque não gostava que ele fosse considerado o único músico da banda, noticia negada em carta a revista que a divulgou.
A terceira e mais provável versão é que em meio a rixas internas e discussões, Augusto sentindo que a relação com os outros integrantes estava se tornando inviável, registrou o nome Engenheiros do Hawaii como sendo de sua propriedade. Gessinger e Maltz entraram na justiça declarando que é pública e notória a posse por parte deles do nome Engenheiros do Hawaii.
Rolou a maior baixaria, com trocas de insultos e acusações de todos os lados, e depois de muita lama rolar, Carlos e Humberto ficaram com o nome.
Um guitarrista de Blues ataca no Rock Humberto descansava em Gramado quando viu no jornal a foto de uma banda gaúcha, Big Family, onde aparecia um dos músicos que achava que conhecia. Olhando melhor reconheceu o amigo de infância, Ricardo Horn, e retomou os contatos suspensos há dez anos.
Gessinger teve que vencer a resistência do velho amigo e ex-colega de primeiro e segundo graus do Colégio Anchieta. “O cara não acreditava nos convites, pensava que era brincadeira”.
O novo guitarrista Ricardo Horn, tinha pelo menos uma coisa em comum com Augusto: os dois freqüentavam o mesmo bar no bairro do Bom Fim, em Porto Alegre. No entanto trazia consigo uma formação diferente da de Augusto. Enquanto Licks trabalhava uma linha mais popular em parceria com o compositor Nei Lisboa, Horn tocava blues e jazz.
Os dois últimos Engenheiros
Os Engenheiros continuaram com a turnê de Filmes de Guerra…, quando encontram Fernando Deluqui. Recém saído do RPM, onde tocava guitarra, Fernando participa de algumas jams com o grupo e logo depois veio a ser o sexto engenheiro da história da banda.
Meses depois entra na banda Paolo Casarin, para tocar acordeon e teclados: “Eu queria um sanfoneiro, mas que não fosse um sanfoneiro sanfoneiro, queria uma pessoa que tivesse uma formação maior de teclas, e o Casarin serviu como uma luva”, justifica Humberto.
“Voltamos enfim ao início”
No fim de 1995, após dois anos sem gravar, os Engenheiros lançam Simples de Coração, um álbum diferente, com acordeom, guitarras mais pesadas e pela primeira vez traz uma música da banda que não tem a participação de Gessinger na composição: TocarO Castelo dos Destinos Cruzados.
Segundo Humberto, a partir do momento que a banda já não é mais um trio, é muito mais fácil compor e tocar, existem mais elementos pra se formar o bolo. Diz também que os Engenheiros mudaram pra não virarem cover deles mesmos, que não agüentava mais ficar no palco com um monte de pedais.
O disco foi gravado em Los Angeles, e depois de três álbuns se auto-produzindo a banda optou por uma produção gringa, que ficou a cargo de Greg Ladany.
Foi gravada também uma versão em inglês do disco, que está na mãos da BMG. O disco trouxe sucessos como TocarA promessa, TocarA Perigo, e TocarSimples de Coração.
“…do pampa o vento, violino minuano…”
Em 97 novos ventos trazem mudanças aos Engenheiros, Carlos deixou a banda para se dedicar a um novo grupo: A Irmandade. Gessinger reassumiu o nome e injetou sangue novo na Engenharia Hawaiiana. Com nova formação, agora Luciano Granja, Adal Fonseca e Lucio Dorfman, respectivamente guitarrista, baterista e tecladista, os Engenheiros voltaram com novo disco intitulado Minuano. Trazendo uma mistura de regionalismos, tecnologia, e a habitual verve das composições da banda, o disco emplacou sucessos como TocarA montanha e TocarNuvem. Produzido por Nilo Romero, o disco trouxe a participação de Kleiton Ramil (dos irmãos Kleiton & Kledir), além de uma versão de “TocarAlucinação” de Belchior.
“Tchau controles…Tchau opressão…Tchau Big Brother…Oi vida…Oi risco”
Em 1999 os Engenheiros mudam de gravadora. Saem da BMG e entram na Universal pela qual lançam o 11° disco da carreira: !Tchau radar! “Tchau Radar é um grito de libertação. Tchau controles… tchau opressão…tchau big brother…oi vida…oi risco”, define Humberto. Entre as composições de Gessinger aparecem duas versões: a primeira pra Negro amor - da original It´s all over now baby blue, de Bob Dylan, vertida por Caetano Veloso e Péricles Cavalcante e imortalizada na voz de Gal Costa, e Cruzada, de Tavinho Moura e Márcio Borges, numa versão de apenas cordas e voz. Eu que não amo você ganhou as rádios, merecendo versão acústica e vídeo clipe, do mesmo modo que Negro Amor, que também teve uma segunda versão (mais pesada) e videoclipe dirigido por Isabel Diegues.
Há mais de mil destinos em cada esquina…
10.000 destinos, um dos nomes pensados para o Tchau Radar e título da oitava canção deste disco, batizou o disco seguinte dos Engenheiros. Gravado ao vivo no Palace em março de 2001, o disco veio fazer jus à tradição dos discos ao vivo dos Engenheiros, todos gravados a cada três discos de estúdio. Os hits ganharam novas versões, como TocarToda forma de poder e TocarRefrão de bolero acompanhadas por Renato Borghetti. Rádio pirata, do RPM, e Quando o carnaval chegar, de Chico Buarque também ganharam versões, mas desta vez em estúdio, acompanhadas das duas inéditas Números e Novos horizontes. “Dos dez mil possíveis destinos de uma canção, no show se escolhe um…quase nunca perfeito tecnicamente, mas sempre com a força e emoção da vida real, sem retoques. Correr este risco é maravilhoso.” Revela Humberto.
Ainda na turnê 10.000 destinos - a maior da história da banda - os engenheiros voltam ao palco do Rock in Rio para fazer um dos últimos shows da formação Gessinger, Fonseca, Granja & Dorfman que anunciam seu afastamento da banda para dedicarem-se ao projeto Massa Crítica.
De um primeiro encontro no palco do Rock in Rio, Paulinho Galvão, na ocasião acompanhando Paulo Ricardo, assume a guitarra dos engenheiros, mas desta vez não sozinho. Humberto, depois de 14 anos responsável pelo baixo da banda, volta às guitarras. “Os guitarristas nunca protegeram a minha voz, tô atrás de abrigo pra ela” diz Humberto. Juntam-se ainda ao grupo Bernardo Fonseca e Gláucio Ayala. “Gláucio toca bateria e faz os vocais de apoio nos shows. Além da competência musical, é o cara de melhor astral com quem já toquei. No baixo, Bernardo Fonseca. Apesar de ser o mais jovem, ficou com a parte mais delicada, já que era meu este território desde o segundo disco da banda. Em pouco tempo ele conseguiu achar a medida certa entre a tradição da engenharia hawaiiana e a personalidade própria. Freqüentemente me esqueço que já toquei baixo naquelas músicas.”

10.001 destinos
Pra selar os novos tempos sai 10.001 Destinos, uma edição especial revista de 10.000 destinos dando prosseguimento à maior coletânea dos Engenheiros já lançada, completando 26 músicas em 2 discos. A capa com novas cores e a apresentação dos novos integrantes adicionam um sabor a mais, e especial, ao disco original: 16 músicas gravadas ao vivo no Palace, mais 4 feitas em estúdio. Com as 7 novas em estúdio, 10.001 Destinos soma Lado A e Lado B, sucessos e canções referenciais dos Engenheiros.

Acústico MTV
Depois de dois discos de estúdio com essa nova formação (Surfando Karmas & DNA, de 2002, e Dançando No Campo Minado, de 2003), a banda cede e resolve gravar um Acústico MTV. O disco traz releituras de toda a carreira da banda e duas inéditas: Armas químicas e poemas e Outras frequências.
Mais acústico…
Considerado um tiro no pé por alguns fãs, logo após o Acústico MTV, a banda resolve lançar, em 2007, um novo disco acústico, chamado Novos Horizontes. O disco tem, além de sucessos que ficaram de fora do primeiro acústico, 9 canções inéditas. O guitarrista Fernando Aranha (que já havia participado do Acústico MTV e de sua turnê) e o tecladista Pedro Augusto (que tocou durante a turnê do último disco) se tornam membros oficiais dos Engenheiros.
Atividades interrompidas
Junto com a turnê terminam, pelo menos temporariamente, as atividades dos os Engenheiros do Hawaii. O vocalista e líder da banda, Humberto Gessinger declarou no site oficial da banda que os planos de retorno da banda são somente no ano de 2010, quando serão comemorados os 25 anos dos Engenheiros.
Neste intervalo, Gessinger se dedicará ao Pouca Vogal, parceria com Duca Leindecker, vocalista do Cidadão Quem. Juntos eles cantam novas baladas e grandes sucessos de suas bandas.

Bacamarte





O Bacamarte foi uma banda de rock progressivo brasileira formada em 1974. A banda é conhecida por ter lançado a carreira solo de Jane Duboc. Seu álbum Depois do Fim é considerado como um dos melhores do rock progressivo. O sítio Progarchives lista o álbumDepois do Fim do Bacamarte como um dos melhores álbuns do género juntamente com as mais expressivas criações das principais bandas do gênero, como Pink Floyd, Jethro Tull, Yes,Genesis.
A banda foi formada por três colegas do Colégio Marista São José no Rio de Janeiro, mas sofreu várias mudanças em sua formação. Apresentaram-se no programa Rock Concert, da TV Globo. Gravaram um fita demo, que não conseguiu aprovação das gravadoras. Em 1982 o grupo conseguiu destaque, com o surgimento da rádio Fluminense FM e sua política de divulgar bandas novas, lançando no ano seguinte o álbum Depois do Fim, que é considerado um dos melhores álbuns do rock progressivo brasileiro. O sucesso, que tornou o grupo consagrado na Europa e Japão, não impediu o fim da banda em 1984. Na década de 1990 o guitarrista Mário Neto lançou o álbum Sete Cidades com o codinome Bacamarte.


DEPOIS DO FIM - 1983


http://www.4shared.com/file/zpVmrhKW/Bacamarte_-_Depois_do_Fim.htm


                        

                      Sete Cidades







Os Mutantes

Os Mutantes é uma banda brasileira formada no ano de 1966, em São Paulo, Brasil, por Arnaldo Baptista (baixo, teclado, vocais), Rita Lee (vocais) e Sérgio Dias (guitarra, baixo, vocais). Foram um dos grupos mais dinâmicos, talentosos e radicais da era psicodélica. Um trio de experimentalistas musicais, a banda inovou no uso de feedback, distorção e truques de estúdio de todos os tipos.

Origens
A história dos Mutantes começa em 1964, quando Arnaldo Baptista é convidado a entrar para o grupo The Wooden Faces por seu irmão Cláudio César Dias Baptista, então guitarrista da banda. Um ano depois, discordâncias em relação ao estilo musical que os Wooden Faces deveriam seguir decreta o fim do grupo. Arnaldo e outro integrante, Raphael Villardi, conhecem Rita Lee e decidem formar com Sérgio, irmão mais novo de Baptista, uma banda chamada Six Sided Rockers. Cláudio César passa a ficar “nos bastidores” construindo todo o equipamento, mesas de som e instrumentos da banda, inclusive as lendárias “Guitarras de Ouro” de Sérgio e Raphael.
Ainda em 1966, gravam um compacto pela gravadora Continental, “Suicida / Apocalipse”, agora renomeados para O’Seis. O grupo não autoriza, mas mesmo assim a gravadora decide lançar a gravação, que vende pouco mais de duzentas cópias.

A aproximação com os Tropicalistas
Durante um racha no O’Seis, ocorre mais uma mudança de formação - sobram apenas Arnaldo, Sérgio e Rita. Após conhecerem o cantor Ronnie Von, o grupo é convidado para acompanhá-lo em seu novo programa na TV Record. Ronnie sugere o nome definitivo da banda, Os Mutantes. No dia 15 de outubro a banda tem sua estréia televisiva no programa O Pequeno Mundo de Ronnie Von. Em 1967, são convidados por Gilberto Gil para gravarem como banda de apoio na canção “Bom Dia”, dele e que sua então mulher, Nana Caymmi (que canta na gravação). Gil gostou tanto do resultado que convidou o trio para defender com ele a faixa “Domingo no Parque”, no Terceiro Festival da Record, conseguindo o 2º lugar. O evento marca a aproximação da banda com o movimento tropicalista.
Já em 1968 lançam seu primeiro LP, Os Mutantes, bastante inovador e experimental, claramente influenciado pelo trabalho dos Beatles. O trabalho contou com arranjos do maestro Rogério Duprat, que viria também a trabalhar com a banda em alguns de seus próximos álbuns. No ano seguinte, são convidados a tocar em Cannes, na França, no célebre Mercado Internacional de Discos e Editores Musicais, o Midem. Foi lançado o segundo álbum, Mutantes com as primeiras participações de Ronaldo Leme (Dinho) na bateria e Arnolpho Lima Filho (Liminha) tocando viola de 12 cordas (apesar de ser baixista). No fim das gravações, Dinho se torna o baterista fixo da banda. Ainda em 1969 estréiam com o espetáculo Planeta dos Mutantes, misturando música, cenas bizarras e psicodelia. Fechando o ano, tocam no Quarto Festival Internacional da Canção, apresentando a canção “Ando Meio Desligado”.

A consolidação da banda
A Divina Comédia ou Ando Meio Desligado, lançado em 1970, foi um marco na carreira do grupo, que tenta se distanciar do tropicalismo e abraçar de vez o rock.
No final do ano e já com o baixista Liminha fixo na formação, retornam à França para algumas apresentações e gravam no estúdio Des Dames a convite do produtor Carl Holmes. A intenção era lançar um álbum principalmente em inglês para atrair público internacional. A gravadora Polydor desistiu do projeto mesmo com um álbum inteiro já gravado. Em 1999 saiu o disco.
No início de 1971 a banda é contratada pela Rede Globo para serem uma das atrações fixas do programa Som Livre Exportação. No começo gostam da idéia, mas logo perdem a motivação, pois o formato do programa e o contato com sambistas e exponentes da bossa nova não os interessava muito. Nesse ano, eles lançam o álbum, Jardim Elétrico com uma abordagem muito mais Roqueira que os demais discos deles até então e distanciamento da tropicalista. Quatro faixas gravadas em Paris foram apreveitadas no disco.
Em 30 de dezembro de 1971. Rita e Arnaldo se casaram após anos de um conturbado relacionamento, marcado por idas e vindas. Na volta da lua-de-mel, o casal rasgou a certidão de casamento no programa de TV da apresentadora Hebe Camargo.
Em março de 1972 chega às lojas o disco Mutantes e Seus Cometas no País dos Baurets, lançado em um dos períodos mais críticos da história brasileira. O álbum foi censurado (a faixa “Cabeludo Patriota” teve de mudar de nome e foram sobrepostos ruídos para esconder a frase “…o meu cabelo é verde e amarelo…”). O LP mostrou a transição da banda em direção ao rock progressivo, com influências evidentes dos grupos Emerson, Lake & Palmer e Yes. Consta aqui o maior sucesso dos Mutantes, “Balada do Louco”.
Ainda em 1972, descobriram que havia sido instalado em São Paulo, o primeiro estúdio de 16 canais do país e tentaram convencer a gravadora a lançar mais um álbum da banda naquele ano. A Polydor recusou mas tinha interesse na carreira solo de Rita e aceitaram que fosse gravado um disco dela. O LP Hoje É O Primeiro Dia Do Resto De Sua Vida foi creditado à ela que cantou os vocais solo, porém é na realidade um disco dos Mutantes, que participaram ativamente do álbum tanto na composição quanto na gravação.
O destaque de Rita e a desclassificação no Sétimo Festival Internacional da Canção (com uma faixa que teve arranjo sugerido por ela) foram apenas alguns dos fatores que enfraqueceram a relação dela com os irmãos Baptista, principalmente Arnaldo, quando seu relacionamento acabou de vez. Em seguida, a vocalista sai dos Mutantes. Ela citou que foi expulsa da banda por Arnaldo, mas Sérgio alega que a mesma disse espontanemente que estava saindo. De qualquer forma, a banda preferiu seguir uma linha de rock progressivo na qual Rita não se adaptou e saiu para carreira solo.

A fase progressiva
Em 1973, a banda então estréia um espetáculo, “2000 Watts de Som”, e inicia a gravação de seu primeiro álbum sem Rita Lee, O A e o Z, que ficou inédito até 1992. Totalmente progressivo e com longos temas instrumentais, o resultado final é considerado decepcionante pela gravadora que já desapontada com a saída de Rita, decide dispensar o grupo de seu cast.
Os Mutantes continuam suas atividades, porém Arnaldo, debilitado pelo uso contínuo de drogas (em especial o LSD) e em depressão com o final de seu casamento, começa a ficar estranho, passando a colecionar sacos cheios de lixo, a se comunicar numa espécie de idioma inventado por ele e a fazer planos de construir uma nave espacial. Arnaldo deixa a banda, seguido pelo baterista Dinho. Em 1974, depois de uma briga com os demais integrantes, o baixista Liminha é o próximo a abandonar o grupo.
O nome (na verdade uma nova banda, apenas com Sérgio da formação original) “Mutantes”, seguiu com Sérgio Dias e outros membros que oscilavam em formações inconstantes. Em 1974, com Sérgio, Tulio Mourão nos teclados, Antônio Pedro de Medeiros no baixo e Rui Motta na bateria, a banda consegue um contrato com a gravadora Som Livre e se muda para Petrópolis para o planejamento do álbum Tudo Foi Feito Pelo Sol.
No ano de 1976, com Luciano Alves nos teclados e Paulo de Castro no baixo (nos lugares de Tulio e Antônio, respectivamente), lançam o disco Mutantes Ao Vivo, gravado no MAM do Rio de Janeiro.
Em 1978, Arnaldo se une a banda como convidado especial em uma única apresentação, mas não aceita o convite de Sérgio para voltar aos Mutantes. Ainda nesse ano, após constantes trocas de membros e brigas internas, Sérgio decide terminar com o grupo. O último concerto, no dia 6 de junho em Ribeirão Preto (e que ainda tinha, pilotando a mesa de som, Cláudio César Dias Baptista), não poderia ser mais bucólico: apenas cerca de duzentas pessoas comparecem.

Pós-banda
Os Mutantes voltariam a ser notícia em 1992, quando os principais jornais brasileiros divulgaram que o grupo iria retornar em sua formação clássica. O que aconteceu na verdade foi um convite de Almir Chediak para que o grupo se reunisse em uma gravação. Sérgio tocou em alguns discos solo de Rita nas décadas de 70 e 80, e se apresentou em alguns shows dela em 1992. Nesses shows, a platéia gritava o nome de Arnaldo. Ainda nesse ano, saiu o álbum gravado sem Rita Lee em 1973, O A e o Z.
Em 1993 eles recusam um pedido feito por Kurt Cobain, líder do Nirvana para que se reunissem novamente.
No ano 1999 a gravadora Universal, dona do catálogo da extinta Polydor, finalmente resolve lançar Tecnicolor, o álbum gravado pela banda durante sua passagem pela França em 1970. A ilustração e a caligrafia do álbum são da autoria de Sean Lennon.
Em fevereiro de 2005 a revista britânica Mojo incluiu o álbum Os Mutantes em sua lista de “50 Discos Mais Experimentais de Todos Os Tempos”, à frente de nomes como Beatles, Pink Floyd e Frank Zappa.

Retorno em 2006
Em 2006, os Mutantes são convidados pelo centro cultural londrino Barbican a se apresentarem em uma exposição dedicada à Tropicália. Rita não aceita e Liminha aceitou de princípio mas desistiu. Arnaldo, Sérgio e Dinho (que não tocava profissionalmente há cerca de 30 anos) aceitam e formam a banda com os músicos da banda de Sérgio e a cantora Zélia Duncan nas partes vocais que seriam de Rita.
A primeira apresentação dos novos Mutantes se realizou com grande êxito no dia 22 de maio em Londres e foi gravada para futuro lançamento em CD e DVD, pela gravadora Sony BMG. Em seguida, se apresentaram em turnê nos EUA.
Zélia Duncan se tornou integrante fixa da banda, apesar de aparentemente sua voz não agradar os fãs.

Em 25 de janeiro de 2007, o grupo faz sua primeira apresentação no Brasil em quase trinta anos (a última havia ocorrido em 1978, na cidade de Ribeirão Preto). O concerto fez parte dos festejos do 453º aniversário da cidade de São Paulo e levou cinquenta mil pessoas ao Museu do Ipiranga.
No mesmo ano, os Mutantes seguem em turnê nacional e planejam a gravação de um álbum de estúdio.
Atualmente a banda se dedica ao lançamento do mais novo álbum, “Haih or Amortecedor”, com a formação Sérgio Dias, Dinho Leme, Bia Mendes, Fábio Recco, Vítor Trida, Henrique Peters e Vinícius Junqueira. O álbum deve ser lançado no dia 08 de setembro, nos Estados Unidos, pelo selo Anti-Records. Já disponibilizadas algumas canções novas, podemos ter certeza que Mutantes não morreu por lá, mas sim continua vivo e com toda a energia e criatividade.
Editado por placental_fluid em Set 17 2009

Links:
1968 - Os Mutantes
1969 - Mutantes
1970 - A Divina Comédia
1970 - Tecnocolor
1971 - Jardim Eletrico
1972 - Mutantes e Seus Cometas No Pais Dos Baurets
1973 - A E O Z
1974 - Tudo Foi Feito Pelo Sol
1975 - Ao Vivo em Londrina
1976 - Ao Vivo
1976 - Cavaleiros Negros
1978 - Ultimo Show
2006 - Ao Vivo

Almôndegas

Almôndegas foi um grupo de rock da cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Formado em 1974 por, como estampava na contra-capa do primeiro LP, "cinco rapazes gaúchos universitários". Neste mesmo ano realizam sua primeira gravação, a música "Testamento", com letra do amigo e apresentador, hoje prefeito de Porto Alegre, José Fogaça, que passa a ser a trilha sonora do seu programa, Opinião Jovem, na rádio Continental 1120 AM. Gravam o primeiro LP, homônimo, em 1975, culminando com Circo de Marionetes, em 1978. O grupo se desfaz no ano seguinte. A composição "Canção da Meia-noite", do disco "Aqui", de 1975, foi incluída na trilha sonora da novela Saramandaia, da Rede Globo.

Mesmo iniciando sua carreira no circuito universitário e sendo lançados junto com as sementes do que seria o Rock do Sul, o grupo nunca negou as raízes Rio-grandenses, tanto que participaram, em 1975, da quinta "Califórnia da Canção Nativa", com a música "Piquete do Caveira". Seus componentes mais famosos foram os irmãos Kleiton e Kledir Ramil.

Seus dois últimos LP's foram reeditados em CD, pela Gravadora Universal: Alhos com Bugalhos e Circo de Marionetes.














domingo, 20 de dezembro de 2009

Casa Das Máquinas


Casa das Máquinas foi uma das mais importantes bandas de rock da década de 1970 junto com Made in Brazil e Mutantes no Brasil. O grupo foi formado por alguns ex-membros dos Incríveis, procurando um som menos comercial e mais atual para a época.

Em seu primeiro disco, Casa das Máquinas (1974), a banda seguiu um padrão mais hard rock. Já no disco seguinte, Lar de Maravilhas (1975), foi adotado um estilo mais progressivo, sendo considerado um dos melhores discos do gênero no país. No terceiro e último disco, Casa de Rock (1976), o Casa das Máquinas voltou ao seu estilo original, priorizando o rock básico.

Em 2003 a banda é reformulada para uma apresentação especial de reunião, porém a grande volta se dá no final do ano de 2007, que rendeu o registro de um ensaio da banda em CD com a nova formação e com releituras de seus clássicos. Mas é a apresentação de 3 de fevereiro de 2008 no festival Psicodália, na Chácara Recanto da Natureza em São Martinho (SC), que marcou a volta dessa grande banda brasileira, trazendo Andria Busic (Dr. Sin) nos vocais e baixo, Faíska na guitarra e os integrantes originais Netinho na bateria e percussão, Marinho Thomaz na bateria e vocal, e Marinho Testoni no teclado. Nessa apresentação a banda desfilou todas as suas grandes cações e contou também com a participação especial de Ivan Busic (Dr. Sin) nas baquetas durante a canção “Casa de Rock”.

Formações:

- 1972 a 1975:
* Luiz Franco Thomaz (Netinho) - bateria e percussão.
* José Aroldo Binda - violão, guitarra e vocal.
* Carlos Roberto Piazzoli (Pisca) - guitarra, órgão, baixo e violão.
* Carlos Geraldo Carge - baixo e vocal.
* Pique - piano, saxofone, flauta e órgão

- 1975 a 1976:
* Luiz Franco Thomaz (Netinho) - bateria e percussão.
* Mário Franco Thomaz (Marinho) - bateria e vocal.
* José Aroldo Binda - violão, guitarra e vocal.
* Carlos Roberto Piazzoli (Pisca) - guitarra, órgão, baixo e violão.
* Carlos Geraldo Carge - baixo e vocal.
* Mário Testoni Jr. - órgão, teclados e piano.

- 1977 a 1978:
* Luiz Franco Thomaz (Netinho) - bateria e percussão.
* Mário Franco Thomaz (Marinho) - bateria e vocal.
* Mário Testoni Jr. - órgão, teclados e piano.
* Carlos Roberto Piazzoli (Pisca) (1972-1978) – guitarra, órgão, baixo e violão.
* Maria José (Simbas) (1977-1978) - vocal.
* João Alberto (1977-1978) - baixo.

- 2003:
* Luiz Franco Thomaz (Netinho) - bateria e percussão.
* Mário Franco Thomaz (Marinho) - bateria e vocal.
* Mário Testoni Jr. - órgão, teclados e piano.
* Nando Fernandes - vocal.
* Andria Busic (Dr. Sin) - baixo.
* Sandro Haick - guitarra.

- 2007 até o presente:
* Luiz Franco Thomaz (Netinho) - bateria e percussão.
* Mário Franco Thomaz (Marinho) - bateria e vocal.
* Mário Testoni Jr. - órgão, teclados e piano.
* Andria Busic (Dr. Sin) - vocal e baixo.
* Faíska - guitarra.


(1974) Casa das Máquinas (Remasterizado)
01. A Natureza
02. Tudo Porque Eu Te Amo
03. Mundo De Paz
04. Quero Que Voce Me Diga
05. Canto Livre
06. Trem Da Verdade
07. Preciso Lhe Ouvir
08. Cantem Esse Som Com A Gente
09. Domingo A Tarde
10. Sanduíche De Queijo



(1975) Lar das Maravilhas


1 - Vou Morar No Ar
2 - Lar de Maravilhas
3 - Liberdade Espacial
4 - Astralização
5 - Cilindro Cônico
6 - Vale Verde
7 - Raios de Lua
8 - Epidemia de Rock
9 - O Sol – Reflexo Ativo


(1976) Casa de Rock

CASA DE ROCK
JOGUE TUDO PRA CABEÇA
CERTO SIM SEU ERRADO
STRESS, LONDRES
DOUTOR MEDO
MANIA DE SER
SONHO DE VAGABUNDO
ESSA É A VIDA
EU QUERIA SER




(1978) Ao Vivo em Santos


01 - essa é a vida
02 - londres
03 - natureza
04 - doutor medo
05 - mania de ser
06 - stress
07 - epidemia de rock
08 - introdução
09 - casa do rock
11 - jogue tudo pra cabeça



Ensaio 2007


01. Vale Verde
02. Dr. Medo
03. Lar de Maravilhas
04. Casa de Rock
05. Pra Cabeça
06. Vou Morar no Ar