O APOCALYPSE surgiu em 1983, em Caxias do Sul, na Serra gaúcha, quando o tecladista Eloy Fritsch formou uma banda de rock com colegas de escola. Inspirado nos grupos Yes, Genesis, Rush, ELP e Marillion, a primeira apresentação foi no mesmo ano, durante um festival no Colégio Cristóvão de Mendoza, em Caxias do Sul. Pouco depois o baterista Chico Fasoli e o guitarrista Ruy Fritsch se integraram ao grupo.
Em 1984 o APOCALYPSE entrou em estúdio pela primeira vez. A primeira fita demo da banda foi gravada em um estúdio anexo à Rádio Caxias. Mais uma segunda demo seria gravada antes que a banda lançasse seu primeiro álbum oficial.
Por cinco anos consecutivos (de 1985 a 1990), o APOCALYPSE foi uma banda de palco. Com presença freqüente nos mais importantes festivais gaúchos da década de 80 (Rock Festival, Circuito de Rock, Festpop, etc) chegou a tocar com importantes bandas da década como Nenhum de Nós, Ira e De Falla. Durante esse período a banda e seus integrantes também ganharam inúmeros prêmios. Entre os principais destaca-se o de “melhor banda“ durante a primeira edição do festival Circuito de Rock (organizado por uma emissora da Rede Globo) quando concorreu com mais de 250 bandas e se apresentou para um público de 14 mil pessoas. Com esse prêmio o APOCALYPSE integrou uma coletânea em LP com outras bandas gaúchas lançada pela Nova Trilha/RBS Discos.
PRIMEIRO ÁLBUM
Já consolidados como uma das mais importantes bandas gaúchas de rock, o APOCALYPSE entrou em estúdio em 1990 para gravar seu primeiro LP. Auto-intitulado APOCALYPSE, o álbum trazia 11 faixas, entre elas uma versão para o clássico “Lavender”, do Marillion. O show de lançamento do álbum foi um caso a parte: a banda interrompeu o trânsito da mais movimentada avenida de Caxias do Sul e tocou todo seu repertório durante cerca de duas horas para mais de 2 mil pessoas! Nessa época o APOCALYPSE era um trio formado por Chico Casara (vocal e baixo), Eloy Fritsch (teclados) e Chico Fasoli (bateria).
CARREIRA INTERNACIONAL
Em 1992, Ruy Fritsch retornou ao grupo consolidando a formação mais produtiva e que renderia vários álbuns e apresentações nacionais. Decepcionados pelo rumo comercial que a música tomava no Brasil, o APOCALYPSE passou a compor alguns temas em inglês e a priorizar o mercado internacional. Sua já longa carreira e qualidade artística lhes renderam um contrato de cinco anos com a maior gravadora de rock progressivo do mundo: a francesa Musea. Até então, nenhuma outra banda brasileira do estilo havia assinado um contrato internacional.
Perto do Amanhecer, o segundo disco, saiu em 1995 na França. Logo a banda ganhou destaque em todos os principais veículos europeus e foi convidada para integrar a coletânea francesa Le Meilleur du Progressif Instrumental. O APOCALYPSE se tornava um dos maiores nomes do art rock brasileiro no exterior.
No ano seguinte, em 1993, iniciaram as gravações de Aurora dos Sonhos, próximo CD encomendado pela Musea, o terceiro da carreira. Com esse álbum o APOCALYPSE criou verdadeiras obras primas do progressivo mundial como "Do Outro Lado da Vida" e "Vindo das Estrelas". Músicas longas e complexas aliadas a temas voltados em defesa à natureza, esoterismo e espiritualidade.
Com Aurora dos Sonhos a música da banda era divulgada da Europa para os Estados Unidos e países asiáticos como Japão e Coréia do Sul. Em outros países latinos como o Chile, o APOCALYPSE também passava a gozar de uma ampla notoriedade na cena progressiva.
Em 1997 os músicos decidem recuperar algumas gravações de seu primeiro LP e lançá-lo em CD. A proposta foi aprovada pelos empresários da Musea e foi lançado o CD Lendas Encantadas que ainda incluía três composições novas. A capa de Lendas Encantadas foi considerada a melhor capa do ano e escolhida para a abertura do site da gravadora Musea.
O SUCESSO NA TERRA NATAL E A PRIMEIRA TURNÊ NO EXTERIOR
Em 1998, o APOCALYPSE é convidado para tocar no maior festival de música do sul do Brasil, o Planeta Atlântida. Dividiram o palco com ninguém menos que Tim Maia, Rita Lee, Jota Quest e Titãs. O sucesso do festival fez com que a banda novamente voltasse seus olhos para o mercado brasileiro. Assinaram com a gravadora paulista “Atração” para o lançamento de uma coletânea – The Best Of APOCALYPSE – reunindo as faixas de seus três CDs. Ainda em 1998, o APOCALYPSE também foi convidado pela gravadora carioca Rock Symphony para tocar ao lado da renomada banda inglesa Pendragon no festival "Rio Art Rock Festival", no Rio de Janeiro.
Mesmo depois de retomar o sucesso em sua terra natal, o APOCALYPSE continuou em ascensão no exterior. No ano seguinte foram convidados para se apresentar no “ProgDay 99”, um dos maiores festivais internacionais de rock progressivo dos EUA! Durante sua apresentação no festival (realizado na Carolina do Norte) o APOCALYPSE foi tão bem recebido que o público pediu o retorno da banda ao palco ao fim de sua apresentação. Respeitados jornalistas estadunidenses que cobriam o evento chegaram a comparar a banda a grandes grupos como Kansas, Asia e Focus. O show, que havia sido registrado, acabou sendo lançado no Brasil em CD pela gravadora Rock Symphony. Intitulado Live In USA, o primeiro álbum ao vivo do APOCALYPSE fez história: era a primeira vez que um grupo de rock brasileiro havia gravado um show nos EUA e lançado em um formato de CD duplo.
No retorno da América, foram pauta das principais revistas brasileiras e se apresentaram num grande festival em Porto Alegre que foi transmitido ao vivo pela TVE para todo o Estado do RS. Também integraram a coletânea espanhola Margen e o ProgDay 7 Box Set – uma edição limitada de uma caixa comemorativa do Festival Internacional de Rock Progressivo com todas as bandas do evento, entre elas: Glass Hammer, Ars Nova e Discipline.
UMA NOVA ERA
O CD Refúgio, o quarto de estúdio, é lançado em 2003 trazendo novos temas como “Viagem no Tempo”, “Amazônia”, “Lembranças Eternas” e “Cachoeira das Águas Douradas”.
Apesar do sucesso do novo álbum, Chico Casara (vocal e baixo) deixa a banda. O vocalista Gustavo Demarchi e o baixista Magoo Wise são convidados a integrar o APOCALYPSE.
A banda decide então realizar um novo projeto: re-gravar antigos sucessos e compor novas músicas em inglês. O primeiro resultado é o EP Magic – The Radio Edits, onde a banda realiza versões em inglês de algumas de suas músicas mais conhecidas. O EP, lançado em caráter promocional para rádios, é disponibilizado na íntegra como presente aos fãs no lançamento do site oficial da banda (www.APOCALYPSEband.com) no final de 2004.
Meses depois o APOCALYPSE promove a “Magic Tour”, turnê onde a banda executa as canções de toda sua discografia transcritas para o inglês. Além de uma grande quantidade de shows, a banda ganha destaque na programação dos principais programas de TV, rádio, revistas e jornais. O público e a crítica reagem extremamente bem à nova fase.
O CD E DVD “AO VIVO” LIVE IN RIO
Em setembro de 2005, o APOCALYPSE é convidada para fazer o show de lançamento do festival “Rock Symphony For The Record” no Teatro Municipal de Niterói, Rio de Janeiro. A apresentação da banda é filmada e acaba originando o DVD e CD ao vivo Live In Rio.
Live In Rio é o segundo álbum ao vivo da banda – o primeiro registro em DVD – e foi gravado pelo americano Bob Nagy, um dos criadores do software Pro-Tools. A versão em DVD tem aproximadamente 80 minutos de duração, som 2.0 estéreo e 5.1 surround, além de extras com galeria de fotos, biografia, discografia com amostras sonoras, cenas de backstage e entrevistas.
O sucesso do DVD fez com que o Uriah Heep convidasse o APOCALYPSE para fazer o show de abertura dessa lenda inglesa do had rock durante a o festival Brazil Rock In Concert ocorrido no Canecão no Rio de Janeiro. Logo depois também tocaram com o grupo paulista Shaman no Teatro Bar Opinião em Porto Alegre, e em 2007 participaram do São Paulo Art Rock Festival ao lado dos grupos Violeta de Outono e Tarkus.
Com os shows de divulgação do DVD/CD Live In Rio, o APOCALYPSE foi destaque nas principais revistas brasileiras de rock: Comando Rock, Rock Hard-Valhalla, Rock Brigade e Roadie Crew.
O NOVO ÁLBUM - “THE BRIDGE OF LIGHT”
The Bridge Of Light é o título do novo álbum de inéditas do APOCALYPSE. Esse é o décimo trabalho da carreira desses heróis do rock progressivo brasileiro, o primeiro lançamento pela nova gravadora da banda, a Free Mind Records.
O álbum foi gravado ao vivo no Teatro da Universidade de Caxias do Sul e é dividido em dois atos distintos: "Act I" com as faixas "The Dance of Dawn", "Next Revelation", "Last Paradise", "Dreamer", "Meet Me" e "Ocean Soul"; e "Act II" que traz a suíte conceitual “The Bridge Of Light” dividida em sete partes e que narra a história de um dia na vida de um garoto órfão chamado Jimmy e de seu fiel amigo Z14 - ambos procuram por respostas existenciais num velho parque abandonado.
The Bridge Of Light é o primeiro disco de inéditas com a nova formação e nova sonoridade - agora mais pesado e moderno – e também está sendo lançado em toda Europa e Ásia pela Musea Records, a gravadora francesa que há anos vem lançando os discos do APOCALYPSE no exterior.
Perfeccionistas por natureza, os músicos do APOCALYPSE também são exigentes com as capas de seus discos. Depois de terem trabalhado com o já renomado Gustavo Sazes que fez as artes para o CD e DVD "Live In Rio", agora foi a vez do artista paulista Robson Piccin (Laudany, Lumina, Lothlöryen, Eternal Malediction, Banda do Sol, Hevilan, Symmetrya, etc) traduzir os conceitos das músicas do APOCALYPSE em imagens.
The Bridge Of Light marca as comemorações de 25 anos do APOCALYPSE que vai continuar provando porque detêm o mérito de maior banda de rock progressivo brasileira de todos os tempos.
Follow The Bridge!
Links:
Perto do Amanhecer (1995)
Aurora dos Sonhos (1996)
Refugio (2003)
The Radio Edits EP (2005)
Live in Rio (2007)
The Bridge of Light (2008)